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Petrobras reabre investigação de caso de importunação sexual
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Foto: Marcos Serra Lima -
Funcionária terceirizada afirmou ter sido abusada em uma das sedes da empresa no Rio de Janeiro, em 2022. Punições de funcionários acusados de violência sexual são minoria
A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu, neste mês, uma investigação por importunação sexual relatada por uma funcionária terceirizada da Petrobras. A denúncia foi posteriormente encaminhada ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que decidirá se dará andamento ao processo. Após essa reviravolta, a estatal de petróleo decidiu reabrir a investigação.
A denúncia foi feita pela analista Aline Silva Mendes Pinto, que alegou ter sido vítima de abuso sexual nas dependências do Edifício Senado, localizado na cidade do Rio de Janeiro, em 2022. Segundo o relato da denúncia, o assédio foi praticado por um colega de trabalho, após diversos episódios de importunação ao longo do tempo.
De acordo com a funcionária terceirizada, o episódio mais grave ocorreu em julho do ano anterior, quando retornou do almoço e foi abordada pelo colega na sala, estando os dois sozinhos no local.
No entanto, a ouvidoria da estatal teve uma interpretação diferente do caso e optou por arquivá-lo, alegando falta de provas que confirmassem o ato denunciado.
Com o avanço das investigações realizadas pela Polícia Civil, a Petrobras anunciou na terça-feira (26) sua decisão de reanalisar a apuração interna do caso. A empresa declarou que, "além de estar colaborando com a investigação policial, já buscou acesso aos documentos emitidos pelas autoridades, visando à obtenção de possíveis novos elementos de apuração e caracterização dos fatos".
Este não é o primeiro caso em que a Petrobras modifica sua conduta em relação a denúncias internas de assédio após investigações conduzidas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público seguirem em uma direção diferente do que foi avaliado pela ouvidoria da estatal.
Em outro caso, envolvendo a acusação de estupro, a Petrobras foi inicialmente notificada sobre o abuso sexual alegadamente cometido contra três mulheres nas dependências do Centro de Pesquisas (Cenpes) na Ilha do Fundão, Zona Norte do Rio. No entanto, a empresa só demitiu o funcionário Cristiano Medeiros de Souza, acusado dos assédios, após uma denúncia do Ministério Público do Rio (MP-RJ).
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